22-05-2012
Os professores aqui ou têm a mesma idade que nós, ou não têm formação na matéria que estão a dar ou não têm formação de todo. É um facto, que não lhes tira crédito nenhum, antes pelo contrário, e que nos dá à-vontade para saber que o que queremos implementar e ensinar será bem recebido e trará valor acrescentado.
Assistimos à aula de Informática, com o professor aluno do curso de Geografia e História na faculdade da Maxixe, e que percebe minimamente de computadores. Estavam a trabalhar com o Publisher, que eu nunca tinha utilizado, mas que é muito instintivo e dá jeito para fazer convites, capas de livros, anúncios, entre outros. Cada um tinha que criar um modelo à escolha, mas tinha pouco tempo já que só há seis computadores para mais do triplo disto em alunos. Um dos textos que li era um que convidava as pessoas para virem à “terabia do amor, na Igreja Universal, onde achão solusão para proglemas”.
Há muito para fazer, as nossas cabeças não param de fervilhar. Seminários para preparar, anunciar, dar, torneios para organizar, estar com as velhinhas… Até encontrámos cá em casa um caixote cheio de roupa que devem ter dado aos Freis, e estava a ganhar pó, e vamos distribuir por aí. Já percebemos que como funciona aqui é propôr e avançar com o assunto, entraves há muito poucos!
Quando achava que ia descansar um pouco antes do jantar, convidam-nos para a aula de Educação Física, com a professora que também dá Biologia, que estava irreconhecível, para jogarmos basquetebol. Puseram-me logo em campo na equipa dela, cinco contra cinco, e eu que não me mexo há sei lá quantos meses, ia morrendo. Logo nos primeiros dez minutos estava a arfar, mas não queria dar parte fraca. Ao fim dos 45, já sentia os pulmões na boca. Mas valeu a pena, acabei por marcar uns cestos, e é uma óptima maneira de os conhecer, e de eles perceberem que também cá estamos para nos divertir e conviver!
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