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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Moçambique #57


13-06-2012

Não há coincidências e, no dia 13 de Junho, estamos numa paróquia apadroada pelo nosso Santo António. 

Temos missa celebrada pelo reitor, o Frei Miguel, da Universidade Católica de Moçambique, a 20 passos do nosso quarto.

É dia de festa, desta vez, não com broa e sardinha mas com frango, porco, batata frita e maionese – um prato dito típico mas que não é mais que a nossa salada russa. Como disse o Frei Filipe, por bebermos “pretinha”, ficamos com os “anjinhos na cabeça”. E se fosse só a Laurentina… é vinho português, espumante, Cutty Sark e Amarulla, um licor sul-africano tipo Baileys, que foi a minha escolha.

Foi um almoço para mais de 100 pessoas, entre alunos, pais, frades e irmãs. Com muita imaginação, fazia lembrar aquele salão de jantar do Harry Potter, com os cabeças da festa numa mesa comprida elevada, virados para os alunos, mas, desta vez, no salão paroquial erigido pelo Frei Vítor que também serve para celebrar a missa.

E não há festa que se preze sem dança e eu já entrei nesse espírito, quer seja para uma marabenta com os alunos ou a passada com um Frei.

Houve até umas peças preparadas pelos alunos: cantaram, dançaram e fizeram teatro (que continuam, para nós, e não somos as únicas, a serem imperceptíveis). Admiro-os muito por criarem sempre estes momentos que trazem sorrisos e muita descontracção. Apenas com um bater de palmas ritmado puseram toda a gente a dançar e a tal “alegria na pobreza” não deixa de ser constatada e é uma lição semelhante a outra que já trazia comigo, de que “só as pessoas entediantes é que se entediam”. E não há razão para não haver entretenimento quando, onde e como quer que seja.

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