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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Moçambique #15

01-05-12
Este foi um dia que deu para perceber como seriam as férias de Verão dos meus pais e avós há uns anos atrás, pelo que eles contam.
Mesmo sendo feriado, acordei pouco passava das 7, para não ficar com os horários trocados o resto da semana, bebi um chá e comi uma carcaça com manteiga. Arranjámo-nos rapidamente e fomos à biblioteca aqui da missão, com 99% dos livros sobre São Francisco ou relacionados com o Catolicismo, como seria de esperar.
Demos uma volta à vila, que fica a vinte minutos a pé de casa. Lá, a Sofia comprou farinha e óleo para fazer uma espécie de plasticina para os miúdos numa loja em que, tal como as outras, a velocidade de atendimento é irrisória. Tal como numa aldeia, a polícia que lá estava a tomar um refresco, disse que já nos tinha visto por ali e, duma maneira um bocado creepy, disse “mas vocês ainda não me tinham visto a mim!”.
Fomos aos Correios, com pouca esperança de estarem abertos, mas logo um senhor nos veio indicar onde estava a senhora que lá trabalha – em casa, ao lado do local de trabalho -  mas que, amavelmente, veio abrir para podermos enviar umas cartas! Demos ainda uma volta pelo mercado, à procura de banana-maçã, um fruto estranhíssimo mas delicioso.
Ao almoço, come-se o que esta terra e altura do ano dão: laranjas, tangerinas, coco, limões, mandioca, cebola, feijão, abóbora, e ainda temos galinhas, coelhos, cabras e patos. Durante a tarde entretemo-nos a fazer sumo de laranja só a espremê-las com as mãos, a ver um filme e a tocar viola, uma nova que vieram emprestar. Quem precisa de quê, para além do que é simples?

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