29-04-12
Temos andado a visitar várias comunidades aqui perto mas ainda não tínhamos sido apresentadas na nossa. Hoje foi o dia.
Logo pela fresca, o Frei François celebrou missa de mais de uma hora e meia, como sempre. Houve os já habituais cânticos, batuques, danças e igreja cheia na qual fomos convidadas, mais uma vez, a dar testemunho. Desta vez, ainda fomos melhor acolhidas, com as pessoas a levantarem-se para virem cumprimentar-nos a dizer “Sintam-se em casa!”. Que mais se pode pedir?
Como não havia programa de tarde, porque não dar um saltinho à praia? Os Freis também adoram e nós todos os dias sentimos na pele (!) que precisamos de uma corzinha. Parámos primeiro numa bomba de gasolina artesanal – um miúdo com garrafões de cinco litros de gasóleo – e fizemos à estrada para parar na Barra. É uma praia feita para turistas, mas que nesta altura são escassos, para nossa felicidade. A praia era praticamente nossa e o tempo e água quentes.
À vinda e já a escurecer, vejo o porquê do cheiro a queimado permanente nesta terra e que adoro – queimadas de galhos secos e arbustos à beira da estrada e umas muitos grandes, no meio do mato, hoje maiores e em maior número já que não tinha havido electricidade durante todo o dia. Costuma estar em manutenção aos Domingos, dizem.
Os fins de dia aqui são como eu gosto e inesquecíveis: a linha do horizonte torneada por milhares de coqueiros com um degradé perfeito a começar num cor-de-laranja tijolo e acabar num azul claro límpido. Com Bob Marley a tocar no jipe e a pele salgada pelo Índico é perfeição.
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